terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Por que não sou Protestante

POR QUE NÃO SOU PROTESTANTE?

6. Mal-entendidos

Quem lê um folheto protestante dirigido contra as práticas da Igreja Católica (veneração, não adoração, das imagens, da Virgem Santíssima, celibato...), lamenta o baixo nível das argumentações: são imprecisas, vagas, ou mesmo tendenciosas; afirmam gratuitamente sem provar as suas acusações; não raro baseiam-se em premissas falsas, datas fictícias, anacronismos;

As dificuldades assim levantadas pelos protestantes dissipam-se desde que se estudem com mais precisão a Bíblia e as antigas tradições do Cristianismo. Vê-se então que as expressões da fé e do culto da Igreja Católica não são senão o desabrochamento homogêneo das virtualidades do Evangelho; sob a ação do Espírito Santo, o grão de mostarda trazido por Cristo à terra tornou-se grande árvore, sem perder a sua identidade (cf. Mt 13,31s); vida é desdobramento de potencialidades homogêneo. Seria falso querer fazer disso um argumento contra a autenticidade do Catolicismo. Está claro que houve e pode haver aberrações; estas, porém, não são padrão para se julgar a índole própria do Catolicismo.

Conclusão

A grande razão pela qual o Protestantismo se torna inaceitável ao cristão que reflete, é o subjetivismo que o impregna visceralmente. A falta de referenciais objetivos e seguros, garantidos pelo próprio Espírito Santo (cf. Jo 14, 26; 16, 13s), é o principal ponto fraco ou o calcanhar de Aquiles do Protestantismo. Disto se segue a divisão do mesmo em centenas e centenas de denominações diversas, cada qual com suas doutrinas e práticas, às vezes contraditórias ou mesmo hostis entre si.

O Protestantismo assim se afasta cada vez mais da Bíblia e das raízes do Cristianismo (paradoxo!), levado pelo fervor subjetivo dos seus "profetas", que apresentam um curandeirismo barato (por vezes, caro!) ou um profetismo fantasioso ou ainda um retorno ao Antigo Testamento com menosprezo do Novo.

Esta diluição do Protestantismo e a perda dos valores típicos do Cristianismo estão na lógica do principal fundador - Martinho Lutero -, que apregoava o livre exame da Bíblia ou a leitura da Bíblia sob as luzes exclusivas da inspiração subjetiva de cada crente; cada qual tira das Escrituras "o que bem lhe parece ou lhe apraz"! (Este procedimento exegético chega a tal ponto que há, entre os dissidentes protestantes, aqueles que não querem mais celebrar o seu aniversário natalício. Por quê? - Porque Salomão afirma: "Mais vale visitar a casa em luto do que a casa em festa. Mais vale o dia da morte do que o dia do nascimento" (Ecl 7, ss). Além disto, a Bíblia refere que os dois homens que na história sagrada celebram o seu aniversário são o Faraó do Egito e o rei Herodes Antipas; ambos, porém, cometeram um assassínio no dia da festa: o Faraó mandou enforcar o seu padeiro-mor (cf. Gn 40, 20-22) e o rei Herodes Antipas mandou degolar João Batista (cf. Mc 6,17-29). Será que tais textos devem realmente induzir a rejeitar a celebração do aniversário natalício? Celebrá-lo acarreta homicídio? É proibido pela Bíblia?.

Fonte: Blog da Paróquia de Patu

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